
O ambiente é destinado a todas as pessoas que sofreram algum tipo de violência, sejam homens, mulheres, crianças, idosos, LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência, mesmo que o infrator não tenha sido identificado.
No espaço reservado ao bem-estar e acolhimento, as vítimas têm o a atendimento com psicólogas e assistentes sociais, encaminhamentos necessários a rede de serviços públicos, orientações processuais, brinquedoteca, sala de espera e atendimento e acolhimento de seus familiares.
Uma das primeiras vítimas que foram acolhidas pelo Centro foi a adolescente E.C.C.S, de 18 anos, e sua irmã K., de 7 anos. Aos dois anos, K. foi abusada sexualmente pelo próprio pai e naquele dia, mãe e filhas estavam no fórum para prestar depoimento em uma audiência sobre o caso. Antes de ser chamada para depor, a jovem E.C.C.S ficou muito nervosa ao reviver todo o trauma causado pelo fato e então foi orientada a procurar ajuda no Centro de Atendimento.
“A minha mãe já estava prestando depoimento e eu, assim como a minha irmã começamos a ficar muito agitadas. Um servidor do fórum, vendo a nossa inquietação, perguntou se eu queria conversar com a psicóloga da unidade. Eu disse que sim e nós fomos encaminhadas a este espaço”, lembrou a adolescente.
Assim que chegou ao local, E.C.C.S e sua irmã foram prontamente acolhidas pela equipe. “Depois de conversar com a psicóloga eu consegui me acalmar e pude prestar meu depoimento sem me machucar tanto revivendo o trauma. A minha mãe também foi atendida e após o término de todos os depoimentos, nós conseguimos sair daqui mais calmas”, disse a jovem.

“Ela chegou aqui muito ansiosa e nervosa por conta do depoimento. A mãe e a filha mais velha estavam sofrendo com a situação. Nós exercemos a escuta terapêutica de toda a família, depois fizemos o acolhimento e encaminhamos para fazer psicoterapia. Como a irmã sofreu abuso, ela desencadeou compulsão alimentar e também a encaminhamos ao nutricionista”, explicou Lidiane.
Acompanhamento – O Centro possui parcerias com instituições públicas, privadas e não governamentais para proporcionar o acompanhamento continuado das vítimas que necessitam de outros serviços que podem ser ofertados pela rede de proteção.
Já são parceiros do Centro, a Casa de Sarita, um espaço criado pela prefeitura de Várzea Grande que tem o objetivo de fomentar o empoderamento feminino e abriga ações e serviços de Assistência Social, Saúde e atividades educacionais; Grupo Alfa Escola de Cursos, uma empresa que disponibiliza cursos profissionalizantes às vítimas; CAPSi – Centro Integrado de Assistência Psicosscial Infanto-Juvenil, unidade-equipamento da rede pública de saúde, cuidado e proteção à criança e ao adolescente; Centro de Especialidades Médicas (CEM) e profissionais liberais parceiros.

As solicitações de acolhimento e acompanhamento multidisciplinar poderão ser feitas através do telefone (65) 3688-8404 ou pelo e-mail [email protected]. O local funciona das 12h às 19h.
#Paratodosverem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 1: Banner escrito Centro de Apoio às Vítimas de Crimes. Foto 2: Psicóloga Lidiane em close-up. Ela é uma mulher morena, cabelos castanhos escuros, usa óculos, está com uma blusa alaranjada e colar dourado. Foto 3: Gestora Paula em close-up. Ela é uma mulher morena, cabelos castanhos escuros, blusa preta, colar com pingente preto e olhos levemente puxados.
Laura Meireles
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT
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