
Mechas, alisamentos, mudanças de cor – quando o assunto é cabelo, sabemos que a gama de opções para conquistar o visual dos sonhos é extensa e que muitas delas envolvem procedimentos químicos que exigem um cuidado extra para manter os fios saudáveis.
A estrutura do fio de cabelo, morfologicamente falando, é formada por: cutícula, córtex e medula. E quando acontece algum procedimento químico, os grandes danos causados são no córtex (responsável pela força dos fios) e nas cutículas (responsáveis pelo brilho e maciez).
“Quando clareamos o cabelo, por exemplo, o dano acontece de fora para dentro. Um clareamento que não causou tantos danos, normalmente compromete o brilho e a maciez dos fios. Entretanto, quando esse dano é maior, podem ocorrer danos cuticulares, que vão a mais a fundo atingindo o córtex, onde as estruturas que dão força ao fio podem ser comprometidas, ocasionando na quebra” comenta o Educador Internacional da Keune Haircosmetics, Pedro Guimarães.
O que fazer nesses casos, então? De acordo com o expert, o primeiro o é entender com o profissional que realizou o procedimento qual tipo de tratamento será necessário no pós-química. “Cada procedimento químico causa diferentes reações aos fios. Logo, para manter a saúde do cabelo em casa, é necessário entender qual tipo de dano foi causado” aponta Pedro Guimarães.
Escolher cuidadosamente os produtos que farão parte da sua rotina de cuidados é o segundo o essencial. Afinal, sabemos que existe uma grande variedade de ativos e tecnologias disponíveis no mercado, por isso, o ideal é buscar por produtos que sejam específicos para o dano identificado e para o tipo de química que foi realizada.
“Fios que aram por processos como alisamento e mechas, geralmente precisam de produtos que oferecem reposição de queratina, uma proteína composta por aminoácidos que representa até 90% da estrutura do fio e é responsável pela força e elasticidade da fibra capilar”, explica Pedro.
Já para fios que ficaram muito danificados (elástico, poroso e com quebra), como nos casos de descoloração, o mais indicado é uma reconstrução potente. Pois, segundo o cosmetólogo, durante o processo de descoloração, o cabelo perde, além de proteínas – responsáveis pela força do cabelo – os lipídios, que lubrificam a fibra capilar e a deixam macia, alinhada e com brilho.
“É por esse motivo que após os processos químicos, os fios ficam ásperos e sem brilho. Para reconstruir o cabelo danificado e devolver força, além de reparar a porosidade, precisamos de produtos que possuam um mix de ativos reconstrutores e nutritivos, além de tecnologia de ponta para que a reparação ocorra no menor espaço de tempo” afirma o Educador Internacional da Keune.
E por falar em alta tecnologia, produtos à base de ácido glicólico, um ativo consagrado na dermatologia, podem ser grandes aliados no tratamento capilar, pois ajudam a manter a umidade dentro da fibra capilar – isso significa fios mais macios, com mais movimento e até mais protegidos, pois ele mantém a umidade mesmo em altas temperaturas.
Por fim, para quem não dispensa o uso de ferramentas como secador, chapinha e babyliss, Pedro recomenda investir em um bom protetor térmico. “Todos que usam qualquer tipo de ferramenta térmica devem usar um protetor térmico, mas esse o se torna ainda mais importante após realizar um procedimento químico. A química deixa os fios mais sensíveis e expostos, por isso é interessante minimizar o uso de ferramentas térmicas sempre que possível e, ao utilizá-las, aplicar um protetor térmico para reduzir os danos causados pelo calor excessivo” finaliza Pedro.
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Fonte: Mulher