Chefe da UE propõe plano de trégua humanitária em Gaza

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Josep Borrell, chefe da Política Externa da União Europeia
Reprodução/Twitter/X

Josep Borrell, chefe da Política Externa da União Europeia

O Chefe da Política Externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, propôs nesta segunda-feira (6) um plano que sugere a suspensão da operação militar de Israel em Gaza em troca de o da Cruz Vermelha aos reféns mantidos pelo Hamas.

“Penso que uma pausa humanitária contrabalançada pelo o aos reféns com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) é um primeiro o para a sua libertação e uma iniciativa na qual devemos trabalhar”, afirmou Borrell aos diplomatas da União Europeia em Bruxelas, segundo a agência -Presse.

A União Europeia, os Estados Unidos e o Reino Unido têm feito pressão em prol de “pausas humanitárias” nos conflitos entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, com o intuito de garantir assistência às pessoas na região.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou qualquer possibilidade de trégua até que todos os reféns capturados no ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro sejam libertados.

Em um discurso televisionado, logo após um encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, o premiê israelense afirmou que “Israel recusa um cessar-fogo temporário que não inclua o regresso dos nossos reféns”. Blinken havia reiterado os apelos para uma “pausa humanitária”, sob o argumento de que a trégua poderia criar um “ambiente melhor para a libertação de reféns”.

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“Chame-a de trégua, janela, ou qualquer outra coisa, mas precisamos que a violência seja reduzida e que o direito humanitário internacional seja respeitado”, afirmou Josep Borrell.

Na sexta-feira (3), Borrell publicou no X (antigo Twitter) que a “UE está disposta a apoiar os esforços de estabilização em Gaza e continua empenhada na solução de dois Estados como a única opção viável para alcançar uma paz duradoura”, em apoio a solicitação de Blinken.

À frente da presidência temporária do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil apresentou uma proposta de “pausa humanitária” que foi bem recebida pelos demais países. Dos 9 necessários para ser aceita, a proposta obteve 12 votos favoráveis.

Os Estados Unidos, porém, vetaram – EUA, China, Rússia, França e Reino Unido possuem poder de veto imediato a qualquer proposta no Conselho, por se tratarem de membros permanentes.

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil
Antonio Cruz/Agência Brasil

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil

No discurso de encerramento da presidência do Conselho – agora sob a representação da China –, o chanceler brasileiro Mauro Vieira afirmou, em uma fala dura, que “o Conselho de Segurança faz reuniões e ouve discursos, sem ser capaz de tomar uma decisão fundamental: acabar com o sofrimento humano em terreno”.

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“Quantas vidas mais serão perdidas até que nós finalmente emos do discurso para a ação?”, questionou. Desde a eclosão do conflito, quatro resoluções foram propostas no órgão mais importante da ONU: duas pela Rússia, que não obtiveram o número mínimo de votos, uma pelo Brasil, vetada pelos EUA, e uma americana, vetada por Rússia e China.

“O fato de o Conselho não ser capaz de cumprir sua responsabilidade de salvaguardar a paz e a segurança internacionais devido a antigos antagonismos é moralmente inaceitável”, completou Vieira, ao sugerir que EUA, China e Rússia se vetam no Conselho de Segurança sem analisar seriamente as propostas.

Em meio às divergências em torno da linguagem a ser utilizada – países árabes, Rússia e China pedem cessar-fogo, termo rejeitado pelos americanos, que concordam com “pausa humanitária” —, o ministro defendeu que a violência precisa acabar imediatamente, “por meio de qualquer modalidade que possa ser acordada sem mais delongas”.

Fonte: Internacional

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