Eureana foi diagnosticada com um retinoblastoma, um raro câncer ocular com um ano de idade. A partir disso, ou a usar prótese. ados mais de 30 anos, a doença voltou e dessa vez ela necessitou retirar até mesmo parte da pálpebra esquerda, o que fez com que ela tivesse que deixar de usar a prótese.

“No dia 7 de julho vou colocar a prótese que tanto espero”, conta ao relatar que há oito anos usa tampão de forma contínua no olho esquerdo. No início, ela relata, o tampão incomodava bastante, “hoje nem tanto, agora sei que Deus tem um presente pra mim; espero por esse presente há dez anos”, diz.

E dona Eureana não viaja sozinha. Com ela vai a filha Maria Luiza que enfrenta o mesmo problema. Maria vai para tratamento. “Maria foi diagnosticada com um ano e dois meses; com um ano e cinco meses fez cirurgia e com um ano e seis meses ou a fazer quimioterapia e recebeu o implante de prótese ocular”, conta a mãe. Hoje Maria tem 17 anos e segue tratando.

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Feliz, Eureana é só carinho para a equipe que a acompanha, em especial para a assistente social Rosilda Fernandes Costa, a Rose da Semsas. “Sei do empenho de todos pra dar certo, mas agradeço muito a Rose que se dedicou para que tudo isso fosse possível, inclusive essa liberação de TFD”, diz. E é assim, risonha, cheia de expectativas e gratidão que dona Eureana aguarda o mês de julho.

“Esse é um tratamento caro e estamos muito felizes em poder participar desse momento da vida da Eureana”, destaca o secretário de Saúde e Saneamento, Luis Fábio Marchioro. O gestor explica que mãe e filha seguem para o tratamento com os custos do transporte fora do domicílio (TFD) pagos pelo Estado e com saída direta do Município.

“Pela primeira vez conseguimos realizar o embarque de um paciente de TFD em um voo aéreo saindo direto de Sorriso e ficamos muito felizes em poder propiciar um pouco mais de conforto para alguém”, ressalta o gestor.

Luis Fábio comemora a mudança da regra para o TDF. “Nós buscamos a mudança junto ao Governo do Estado e demais secretarias de saúde municipais para que o setor de TFD, que paga a agem pelo governo do Estado, autorizasse os pacientes a embarcar no aeroporto mais próximo de seus municípios de origem; essa ação evita transtornos e garante mais comodidade ao paciente que já está em busca de um tratamento que não tem no local ou próximo de onde reside”, frisa.

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Antes da alteração na regra, os 141 municípios enviavam os pacientes de carro até Cuiabá para a continuidade da viagem em um avião. Agora os pacientes podem embarcar no município que tenha aeroporto e voos regulares mais próximo de onde residem. “É um avanço coletivo e ficamos felizes em saber que aqui a dona Eureana e a filha seguem para tratamento direto de Sorriso”, completa.